sábado, 8 de novembro de 2008

O porquê de um faz tudo



Parece brincadeira essa história de eu estar procurando um faz tudo, mas não é! Estou tentando contratar alguém para resolver alguns probleminhas em casa, mas não consigo.

Chego a conclusão de que pequenos serviços estão em baixa. Os prestadores simplesmente ignoram o cliente quando o trabalho não é volumoso e o orçamento é baixo.

A questão é que reformei a minha casa há cinco anos e deixei por fazer alguns itens. Agora, além de concluir essas pendências, preciso fazer uma manutenção.

Pois bem, comecei por onde qualquer um começaria: chamando a empresa que executou primeiramente o serviço. No caso, o boxe do banheiro. Escapou uma simples roldana que movimenta e fixa a porta no trilho. Sem esse pequeno dispositivo, a porta fica solta e a qualquer manipulação inadequada pode cair e machucar alguém. Detalhe: é o boxe do banheiro da minha filha de três anos.

As janelas da área de serviço também estão precisando de um trato, porque são antigas e até deveriam ser trocadas. Duas delas também estão perigosas, pois se movimentadas correm o risco de cair lá embaixo.

O mesmo serralheiro poderia resolver as duas coisas. Mas quem falou que a empresa se dignou a comparecer, ou até a me dar uma satisfação por não vir? Cansei de ligar, reclamei, falei que ia no Procon, etc, etc. Nada!

Passou-se o tempo e outros problemas foram aparecendo. Confesso que essas coisas me dão uma preguiça. É tanta tarefa além do trabalho, da casa, dos filhos e do marido, que fui deixando para depois.

Mas, quando entra em cena a empregada (um capítulo à parte), aí o perigo de ficar sem teto aumenta. Cansei de colocar avisos, de recomendar, de dizer, de chamar atenção que essas partes não deviam ser mexidas, movimentadas... No entanto, eu viro as costas, quando vejo o boxe e a janela estão fechados.

Em julho, decidi correr atrás dessas pendências. Recobrei o ânimo e fui atrás. Pedi uma dica para o zelador. Ele me indicou um serralheiro que estava refazendo as janelas de um apartamento aqui do prédio.

O cara veio, anotou as medidas, orçou e combinamos que ele executaria os serviços quando eu voltasse das férias dali dez dias. Assim que eu cheguei de viagem, chamei o cara. Ele me disse que estava cheio de trabalho e me telefonaria avisando quando viria. Você acha que ele entrou em contato? Desapareceu.

Pedi outra dica para o zelador. Falei que podia ser um serralheiro dos jardins mesmo, onde tudo custa o dobro. Tudo bem, tô topando pagar mais, mas quero alguém que resolva meus problemas.

Acabei entrando em um pique de trabalho e só fui procurar o cara há duas semanas. Ficou de aparecer no dia seguinte. Apareceu? De jeito nenhum. Liguei de novo e me informaram que assim que ele acabasse um serviço "grande" ele apareceria.

Aí decidi procurar o meu arquiteto. Achei que ia ser mais fácil, afinal, ele fez a reforma do meu apê, e além da serralheria tem outros consertos, outros serviços para terminar, e coisas que quero mudar -- porque quando você começa a mexer na casa é assim: não pára mais!

Ele me falou que estava com pouco serviço e que poderia resolver a parte de hidráulica com a sua equipe, e para o resto me repassaria seus contatos. "Me manda por email o que precisa fazer", pediu.

Fiz correndo a relação. Juro, com a lista pronta me dei conta que é quase uma reforma que minha casa precisa. Pela administração, ele até vai pegar uma boa grana...

Fiquei empolgada achando que agora a coisa ia pra frente. Mas ele não me deu retorno, e há três dias não atende o telefone!

Volto a estaca zero, e pergunto: como ficamos nós pobres mortais que temos apenas pequenos serviços para oferecer a esse povo que se diz profissional??

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